terça-feira, novembro 23, 2010

Os Jovens e as Drogas

O texto platônico, o mito da caverna nos leva a pensar em alguns pontos da nossa vida, assim como (os jovens de nossa sociedade hoje). O próprio mito nos revela como esses jovens se distraem com algumas coisas tão fúteis como o enveredar no mundo das drogas, ou como no mito, as sombras em 2D, que não analisamos o contexto e a beleza das coisas mais profundamente  ou o dono da sombra. Aquele que a priori tenta induzi-los, tornando-se mais tarde o chefe. Eles ficam admirados com a maneira de vestir-se, andar, e o relacionamento fácil com as garotas, o está sempre com dinheiro no bolso; esse é um exemplo claro e fictício, como no mito, das sombras das pessoas, animais, objetos que passavam, mas não viam como era este objeto realmente, não podiam ver como as pessoas e os animais eram sua cor, formas, aparência, só viam a sombra e não os donos das sombras. No entanto quando nossos jovens se deixam levar e, caem no mito do mundo onde as drogas se tornam seu verdadeiro chefe, que é justamente quando esses jovens tornam-se dependentes, ai eles próprios reconhecem a caverna onde se meteram e toda a beleza e facilidade que antes lhes encantava: a facilidade de relacionamento com as garotas, o dinheiro sempre fácil,... etc é o mundo visto de dentro da caverna. Mas quando um desses jovens resolvem libertar-se das drogas e busca ajuda juntos aos familiares e amigos mais próximos que possam levá-los para uma casa de recuperação  ele se vê diante de pessoas que lá (no mundo da caverna) estiveram; ai ele agora conseguiu enxergar o mundo fora da caverna. Depois de certo tempo longe das drogas ele é liberado do ambiente de recuperação e volta a sua casa e quando vê seus antigos, mas ainda amigos ele tenta acordá-los para a realidade, a partir daí, ele já passa a ser criticado, ridicularizado e vulgarmente taxado de otário, por não querer mais viver no mundo das sombras o qual ele vivia quando fora induzido a usar drogas, ele tenta alertar esses para o mundo fora da caverna onde pode ver a verdadeira luz que é justamente os preconceitos diante da sociedade: criticas, exclusão social dentre outras maneiras que ele era visto quando ainda estava sob o efeito alucinante e ao mesmo tempo gratificante que as drogas proporcionam a esses jovens para levá-los ao fundo do poço. É nesse momento que ele deve tomar o cuidado de saber que no mundo da caverna, ele tinha apenas “amigos” que na realidade queriam vê-lo a margem da sociedade e esses alienados e adotados por traficantes podem até vir a matá-lo porque esses acham que somente aquilo, as sombras, as correntes e a escuridão é a realidade, pois, apesar da facilidade que aparentemente os torna diferentes e/ou descolados é somente aquilo mostravam “o fascinante show da vida”. Jovens que largam os estudos e muitas vezes o trabalho, a faculdade, a família e os verdadeiros amigos; os denominados otários, por esses que se dizem os donos da verdade os que jazem no mundo obscuro da caverna das drogas. Esta hoje é a verdadeira realidade daqueles que por indução ou mesmo por opção se deixam levar pelo fantástico mundo da difícil vida fácil que proporciona os traficantes e seu exercito de soldados bem treinados no ato de adoção de jovens para o mundo irreal a que as drogas estão sucumbindo grande parte de nossa juventude. O nosso mundo hoje não é diferente do mundo de sombras metafórico que está explícito no mito da caverna.
Diante do texto citado acima, o paradoxo entre o mito da caverna, o jovem e as drogas, entendo que grande parte dos jovens que enveredam por esse caminho, onde são aprisionados e acorrentados numa caverna, de certa maneira é fruto de uma má educação familiar, onde existe a falta de diálogo entre pais e filhos, onde existe a necessidade de uma conscientização sobre o referido assunto e também por esses pais não estarem atentos as amizades e a própria rotina de seus filhos fora do ambiente familiar, assim como, a falta de imposição de limites por parte dos próprios pais, isso tornam seus filhos presas fáceis para os pseudo-pais adotivos, traficantes que adotam milhares de jovens para as drogas, pois não importando a condição financeira, hoje vemos jovens de todas as classes sociais caindo no mundo irreal da degradação humana (drogas) que começa com o uso de bebidas alcoólicas, passa para a maconha, pela cocaína e finalmente o craque, que depois que é usado pela primeira vez, torna o jovem um viciado sem limites, finalizado, com a triste realidade que vemos hoje: sarjeta, roubos, prisão e finalmente morte. Concluindo, esse é o exemplo claro de um mito metafórico que se torna realidade em nossa sociedade ceifando a vida de milhões de jovens por todo o mundo; a grande caverna, não de Platão, mas sim dos donos das drogas, caverna essa que cresce a cada dia que passa e as autoridades dizem nada poder fazer para extinguir esse grande gigante que vem atormentando a sociedade há tantos anos. E a responsabilidade de derrotar esse gigante, devemos pô-la nas mãos de quem? Dos nossos governantes ou da própria sociedade? Quem são os verdadeiros culpados pela extinção da raça humana jovem que cai nesse belo conto de fadas? Os pais ou de novo ou a sociedade. Na realidade se ninguém tomar uma posição em defesa de nossos jovens hoje, esses serão inocentemente predestinados a submeterem-se voluntariamente a overdose da ampola do apocalipse (as drogas). O tema acima escolhido é paradoxo com o texto platônico, pois nossos jovens  quando se vêem aprisionados pelo mundo ilusório que as drogas provocam passam pelos três momentos textuais supracitados de maneira distinta ou seja, “dentro da caverna” a entrada no mundo do vício por indução, a tentativa de se libertar e a exclusão social e muitas vezes familiar tornando difícil a saída da caverna ou das drogas. Sendo assim, muitos tentam, poucos conseguem e os que conseguem se não tem o apoio dos familiares acabam voltando e se enclausurando nessa “caverna” que não os mostra uma luz no fim do túnel, é lamentável, mas é a realidade pura; onde um texto tão antigo se faz tão semelhante, explicitando a realidade de um mito e da vida dos nossos jovens (o futuro desse país). Resta-nos apenas um pergunta: O que fazer para que as drogas não venham a destruir os nossos jovens? De quem é a responsabilidade da exterminar esse fantasma da nossa sociedade? As famílias? A escola ou os nossos governantes?
Esoj.Otrebor-IFESP/UERN.


SOZINHO



Estar só, no silêncio da noite
pensando nos embaraços da vida
nos estresses do dia-a-dia,
sob a luz da lua e o explendor das estrelas,
não pensar no amanhã é uma opção de vida,
é vontade de dar  valor a si mesmo,
não é que eu não tenha medo,
é que é preciso sentir-se só,
para poder refletir, sonhar, sorrir
enfim, todo mundo um dia jaz
no silêncio da solidão.
(11/05/2010)

Esoj.Otrebor

quinta-feira, novembro 18, 2010

O Poeta e a Poesia


O poeta e a poesia
Substantivos que se imbricam
O poeta é um eterno sonhador
A poesia é o sonho do poeta
Com o simples objetivo de repassar seus devaneios
Com muita paixão e colorida imagem
Recordando os belos momentos da vida,
A poesia é um êxtase renovador
Mas para o poeta é apenas
Curtir a beleza de estar só
Se guardando da hipocrisia
Do tempo, do povo, do mundo
E dos achares de quem o julga,
E assim ele vive dos sonhos
De ser um individuo loquaz
A embriagar-se nas ondas da imaginação.

Esoj.Otrebor